IDENY ESCRITOS & TELAS

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19 de outubro de 2009

O HOMEM É CONDENADO A SER LIVRE-Sartre

"O homem é condenado a ser livre" Com essa afirmação vimos o peso da responsabilidade de sermos livres. Frente a essa liberdade, o ser humano se angustia porque a liberdade implica escolha, que só o próprio indivíduo pode fazer. Muitos de nós paralisamos e, assim, achamos que não fomos obrigados a escolher. Mas a "não ação", por si só, já é uma escolha. A escolha de adiar a existência, adiando os riscos para não errar e gerar culpa, é uma tônica na sociedade contemporânea. Arriscar-se, procurar a autenticidade, é uma tarefa árdua, uma jornada pessoal que o ser deve empreender em busca de si mesmo. Os existencialistas perguntaram-se se havia um Criador. Se sim, qual é a relação entre a espécie humana e esse criador? As leis da natureza já foram pré-definidas e os homens têm que se adaptar a elas? Esses homens estiveram tão dedicados aos seus estudos que tornaram-se anti-sociais, enquanto se preocupavam com a humanidade. Kierkegaard, Nietzsche e Heidegger são alguns dos filósofos que mais influenciaram o existencialismo. Os dois primeiros se preocupavam com a mesma questão: o que limita a ação de um indivíduo? Kierkegaard chegou à possibilidade de que o cristianismo e a fé em geral são irracionais, argumentando que provar a existência de uma única e suprema entidade é uma atividade inútil. Ele acreditou que o mais importante teste de um homem era seu compromisso com a fé apesar do absurdo dessa fé. Nietzsche, freqüentemente caracterizado como ateu, foi sobretudo um crítico da religião organizada e das doutrinas de seu tempo. Ele acreditou que a religião organizada, especialmente a Igreja Católica, era contra qualquer poder de ganho ou autoconfiança sem consentimento. Nietzsche usou o termo rebanho para descrever a população que segue a Igreja de boa vontade. Ele argumentou que provar a existência de um criador não era possível nem importante. Na verdade, Nietzsche valorizava e exaltava a vida como única entidade que carecia de louvor. Prova disso é o eterno retorno em que ele afirmava que o homem deveria viver a vida como se tivesse que vivê-la novamente e eternamente. A implicação de disso é uma extrema valorização da vida, imaginemos cada segundo, cada minuto vivido igualmente e eternamente? E quanto à Igreja, Nietzsche a condenava pois é um traço das influências de Paulo de Tarso na sociedade contemporânea; ele era sim ateu, e para ele, dentre os inteligentes o pior era o padre, pois conseguia incutir nos pensamentos do rebanho, fundamentos falsos, exteriores e metafísicos demais, que só contribuíam para o afastamento da vida. Encontramos essas críticas em O Anticristo. O Indivíduo versus a Sociedade O existencialismo representa a vida como uma série de lutas. O indivíduo é forçado a tomar decisões; freqüentemente, qualquer escolha é uma escolha ruim. Nas obras de alguns pensadores, parece que a liberdade e a escolha pessoal são as sementes da miséria. A maldição do livre arbítrio foi de particular interesse dos existencialistas teológicos e cristãos. Dando o livre arbítrio, o criador estava punindo a espécie humana na pior maneira possível. As regras sociais são o resultado da tentativa dos homens de limitar suas próprias escolhas. Ou seja, quanto mais estruturada a sociedade, mais funcional ela deveria ser. Os existencialistas explicariam por que algumas pessoas se sentem atraídas pelas carreiras militares baseando-se no desafio de tomar decisões. Seguir ordens é fácil; requer pouco esforço emocional fazer o que lhe mandam. Se a ordem não é lógica, não é o soldado que deve questionar. Deste modo, as guerras podem ser explicadas, genocídios de massa podem ser entendidos. As pessoas estavam apenas fazendo o que lhe foi dito. Importantes Filósofos para o Existencialismo * Martin Heidegger * Jean-Paul Sartre * Søren Kierkegaard * Edmund Husserl * Friedrich Nietzsche * Arthur Schopenhauer

Um comentário:

  1. O ser humano tem um grande medo quanto tomar decisões.
    exemplo disso: o filho chega ao pai e diz:
    - Pai posso ir brincar com meus amigos na rua?
    O pai responde:
    - Pergunte sua mãe meu filho.
    O filho pergunta pra mãe e a mãe responde:
    - Meu filho, pergunte pro seu pai e ve o que ele decide.
    É um passando a responsabilidade pro outro, sempre vai ser assim, assim se deve o nosso povo brasileiro, seguem suas vidinhas medíocres e enganadoras, enquanto os mais ricos aproveitam de seus impostos, aceitam essas vidas por suborno ou por serem reprimidos por uma lei ou autoridade maior.
    a pergunta é:
    Quem vai ter a coragem de se rebelar?
    As pessoas ja aceitaram essa vida e fingem que ela é transparente e correta pelo simples medo de ter que tomar decisões que as vezes podem trazer consequências drásticas.

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