IDENY ESCRITOS & TELAS

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5 de maio de 2011

A vida de Darwin enqto escrevia "A origem das espécies"

O que parecia ser um lado sádico de Darwin,( mostrar aos filhos,ainda tão pequenos,  uma raposa atacando um coelhinho lindo à frente de seus olhos, inclusive frente aos olhos da filha mais nova, que não suportando a cena, implorava ao pai que fizesse a raposa parar, e a mais velha, de uns oito anos mais ou menos, consolando a irmã, dizendo que era necessário que assim fosse, para que os filhotes da raposa pudessem sobreviver... ) não era senão a seriedade em mostrar com clareza, como é a natureza, espetáculo que muitos pais tentariam esconder de seus filhos, poupando-lhes esta verdade tão límpida e óbvia, substituindo-a por estorinhas bonitas de borboletas, fadas e anjos.
O incompreendido pela massa que seguia um rebanho domado, educado a obedecer sem questionar.  Imagino, se hoje já há em muitos a sensação de se estar sozinho em suas idéias, no cotidiano, o sofrimento de Darwin tenha sido quase que insuportável para ele.
Ainda mais carregando a culpa pela morte da filha mais velha,pelos laços consanguineos tão próximos com o da esposa, filha esta,  única que parecia compreende-lo, ou compreender a realidade da natureza, como um campo de batalha, conforme Darwia costumava chamar.
No filme que assisti, Darwin tem uns momentos de explosão de loucura, quando é tido como um doente, cuja doença é desconhecida, mas que o perturba mentalmente.
Qualquer um seria acometido facilmente desta doença, se na época ousasse pensar contra a maré de idéias, que vinham-lhe ao seu encontro como uma avalanche, massacrando-o.
É como vc dizer hoje, que a vida não é bela... logo é taxado de pessimista, frustrado, traumatizado, e o etecetera e tal. Pouca coisa mudou. As pessoas ainda são divididas entre as que fantasiam ao mundo, e as que buscam enxergá-lo tal como se apresenta.
O filme termina com Darwin publicando "A origem das espécies", com o consentimento de sua esposa cristã, que lhe diz qdo o livro está sendo encaminhado para edição: "e que Deus nos perdoe"... Ela leu todos os escritos, viu total razão no raciocínio que o marido apresentava,ele o convenceu . Mas ela, ainda, que reconhecendo total lógica, temia pela fé imposta, que estivessem "pecando" ao quererem "desvendar o mundo" divino, sem saber de "seus planos".
O filme acabou, o livro foi publicado, Darwin foi enterrado com todas as honras cristãs,  talvez pela forma amena como apresentou sua teoria... Mas no geral, tudo ainda é quase a mesma coisa, tudo permanece igual... e vejo isto quando escuto alguém dizendo: "que mundo maravilhoso deus criou", ignorando o lado sangrento e doloroso da vida... ou seria este também lindo, perfeito, e maravilhoso? Um plano de deus...
Não posso culpar, no entanto, a todos que tentam ver um lado imaginário nas coisas, pois a vida seria cruel demais e insuportável demais se vista com clareza e crueza, não só teriam ataques histéricos como os teve Darwin, mas se suicidariam! Então que caminhe a humanidade conforme capacidade em dar os seus passos...(IdenyDitzelFreitas)

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