IDENY ESCRITOS & TELAS

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11 de abril de 2011

Sem nada para falar...vou divagar...

Eu já olhei para mim e achei que tinha pescoço comprido demais... impliquei com isto por bom tempo, depois esqueci. Lembro que uma colega de colegial tinha realmente o pescoço comprido, e o cabelo muito curto salientava ainda mais isto. Talvez por eu reparar demais nela, comecei a achar o mesmo defeito em mim.
Os defeitos que eu não via, e  eram reais, os outros viam. Que droga, seca feito uma vareta. Sempre! Olhos grandes, boca pequena, e nariz grande num rostinho miúdo. E eu ainda me achava bonitinha. Ainda tinha fãs,e é claro, os que me desprezavam, decerto pq viam os defeitos que eu via, os reais. Aos quinze já havia quem quisesse casar comigo, aos dezesseis mais um pretendente a marido. Até os dezenove ainda surgiram propostas de juntar os trapos, o que conseguiam ver em mim, não sei. Mas foram poucos os que quiseram realmente casar, uns três ou quatro. Aos vinte e um, casei. Com boca pequena, nariz grande , rosto miudo e seca feito vareta mesmo.
Algumas pessoas não enxergam defeitos... ou o amor é cego.
Lembrei de tudo isto, porque acabei de ler uma crônica que uma amiga me mandou, que falava justamente de nunca estarmos contente conosco, com nossa aparência. Mas às vezes temos razão, e eu tinha.
Apesar disto, marquei profundamente, alguns corações... e sei que não foi pelo nariz, pelo olho grandão, ou pelo corpo magro.
Simplesmente marquei, e ainda depois de tantos anos, tomo conhecimento de que não fui esquecida. Eu me pergunto, o que será que existe em uma pessoa que possa marcar tanto, quando está não é exatamente o padrão de beleza, exigido e sonhado?
Não sei... talvez o meu jeitinho...rs...




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