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14 de abril de 2011

Luto /Perda


O luto é uma experiência pela qual todos os indivíduos passam pelo menos uma vez ao longo da vida. Sendo relativamente comum, é sempre um processo difícil e doloroso, já que nem sempre estamos preparados para lidar com a ajuda de pessoas que nos são próximas.

De um modo geral, o luto é uma reacção vital, inerente à condição humana e representa a resposta à perda de algo ou de alguém. Este processo inclui um conjunto de sentimentos que levam mais ou menos tempo a serem resolvidos dependendo da pessoa ou da situação em particular e, que não devem ser apressados nem embotados com o uso de medicação.

O luto não deve visto apenas como a resposta à morte de alguém, mas também pode aparecer quando perdemos alguém ou algo que nos é importante. Como por exemplo, cada vez que nós terminamos um relacionamento amoroso, geralmente passamos por um processo de “luto da relação” ou, quando perdemos o nosso animal de estimação, passamos por determinadas fases que constituem este mesmo processo.

Fases do processo de luto
O processo de luto não é algo linear, muito pelo contrário, envolve uma série de etapas ou componentes sequenciais, que lhe estão inerentes.
As fases que compõem o processo de luto são:
  • Choque – reacção inicial à perda do objecto (pessoa ou coisa significativa), na qual o sujeito fica “atordoado” com o acontecido.
  • Negação – Mecanismo de defesa que a própria pessoa utiliza de forma inconsciente e que a leva a não acreditar ou a não querer acreditar no que aconteceu. Geralmente a pessoa usa expressões do tipo “Eu não acredito que isto me tenha acontecido”, “não pode ser possível”.
  • Depressão – etapa em que a pessoa já teve alguma tomada de consciência do que aconteceu e por isso, sente-se frequentemente triste, chora intensamente, não tem prazer nas actividades, pensa recorrentemente acerca da morte e no ente falecido, isola-se. Estes sintomas se forem muito intensos e persistirem no tempo, podem ser sinal de uma perturbação de humor.
  • Culpa – é um sentimento muito comum. As pessoas começam a pensar em tudo o que poderiam ter dito ou feito para impedir essa morte. Por outro lado, a culpa também como surgir em consequência do alívio pela morte de alguém que nos era muito querido mas que estava a sofrer. Por exemplo, morte de uma pessoa com uma doença terminal que estava num estado de sofrimento intenso.
  • Ansiedade – está associada a um período de agitação e ânsia pelo que foi perdido. O sujeito muitas vezes deseja encontrar a pessoa falecida, mesmo sabendo que é impossível e pelo que, não consegue relaxar.
  • Agressividade – em alguns casos, o indivíduo revolta-se contra a perda, isto é, sente-se muito zangado e irritado por estar a viver aquela situação. Este sentimento pode ser virado para si mesmo ou para os outros (por exemplo, para os médicos que não conseguiram salvar a pessoa amada, para Deus ou para amigos ou outras pessoas significativas)
  • Reintegração –é geralmente a última etapa do processo, na qual a pessoa volta à “vida normal”.
 
Todas estas fases são sequenciais, mas isto não implica que a sequência seja linear como atrás foi descrita. Este processo irá variar de pessoa para pessoa, de acordo com as características e vicissitudes de cada um de nós. Sendo que, nem todos identificam a passagem pelas sete fases do processo, pelo que alguns apenas expressam algumas daquelas.
Muitas vezes, aquelas etapas de luto ou perda são acompanhadas por condutas de evitamento, manifestadas pela tendência da parte da pessoa em luto para se isolar e evitar as outras pessoas ou situações, facto que se pode prolongar, e no Futuro originar problemas, pois o luto pode passar de um processo normal, resultante de uma perda, para um luto patológico, que já é mais prolongado no tempo e que consequências negativas para o bem-estar da pessoa.
Se tiveres a passar por um processo de luto ou de perda e estás com dificuldade em resolver este problema ou se simplesmente precisas de te orientar com alguém que te possa ajudar a este nível, recorre ao apoio técnico dos serviços de Psicologia do G.P.A.P.
Sendo que, toda a informação partilhada é estritamente confidencial.

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