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2 de junho de 2010

Comissão do Vaticano aprova o fim do limbo

Os teólogos do Vaticano estão convencidos, após vários meses de reflexão, que o limbo não existe e que as criancinhas mortas sem o sacramento do batismo vão diretamente para o paraíso.

Um documento da comissão teológica pontifical teve alguns extratos publicados no site da agência Catholic News Service (CNS), mas ainda não foi divulgado pelo Vaticano, apesar de pronto há várias semanas - precisou à AFP um integrante da comissão, o arcebispo de Dijon, na França, Roland Minnerath.

O texto foi aprovado com a concordância do Papa Bento XVI, informou o secretariado deste órgão consultivo da cúria, precisando, no entanto, que as conclusões não têm valor de dogma.

A idéia do limbo, uma espécie de terra de ninguém, onde a tradião católica colocava os pequeninos sem batismo, reflete "uma visão muito restrita da salvação", explicaram teólogos que trabalham no assunto desde novembro de 2005.

A hipótese da existência do limbo, relacionada à concepção cristã da Salvação, foi transmitida pelo teólogo Santo Agostinho, morto em 430.

Esperança maior que certeza
Deus é misericordioso e "quer que todas as crianças sejam salvas", consideraram os teólogos, reunidos sob a presidência do prefeito da congregação pela doutrina da fé, o americano William John Levada. No entanto, eles ressaltaram que seu parecer se baseia "sobre uma piedosa esperança" mais do que sobre "uma certeza provada".

Em 1984, o então cardeal Joseph Ratzinger já havia se declarado partidário "a título pessoal" do abandono da "hipótese" da existência do limbo. Esta idéia foi concebida no século V, quando Santo Agostinho tentou responder à quadratura do círculo: dado que a alma das pequenas crianças mortas sem batismo não havia sido livrada do pecado original, elas não poderiamm chegar ao paraíso. Mas como nada fizeram de mal, não têm lugar no inferno.

Apesar da queda da mortalidade infantil, o tema permanece sendo uma atualidade incômoda para a Igreja católica, confrontada com a prática do aborto e com a diminuição constante do número de batismos de crianças.

A Comissão Teológica Internacional incluiu o assunto em seu programa de trabalho nos anos 2004-2005.

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Só nao revogam o inferno, pq seria o mesmo que deixar o povo livre para escolher deixar a Igreja...
Abç!

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Comissão do Vaticano aprova o fim do limbo

2 comentários:

  1. Interessante isso tudo... A questão é a seguinte: Se a alma é um espírito imaterial (nem sequer é um campo ou uma radiação, pois isto é natural e espírito é sobrenatural), não tem volume e se não ocupa espaço, não tem localização. Então não fica em lugar nenhum, pois lugar é uma possibilidade de localização de algo que está no espaço. Logo, céu, inferno ou limbo não são lugares, não têm tamanho, não estão em lugar nenhum. Se existirem tratam-se de condições, isto é, estados a que a alma estaria sujeita. Apesar de parecer idiota, gosto de refletir sobre a ontologia dos espíritos, como entidades hipotéticas. Muita coisa que se diz por aí, se espíritos existirem, é inteiramente descabida. Como um espírito poderia ver ou ser visto? Ver é captar a luz e isto só ocorre em dispositivos materiais, como a retina, uma chapa fotográfica ou um chip digital fotosensível. A interação do espírito com os seres naturais, como a da alma com o seu corpo é algo inconcebível, para mim. A Igreja Católica precisava é decretar sua autodissolução.

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  2. Mais interessante, amigo, é eles terem o autonomia para criar e abolir o que quiserem "lá no Além"...hehehehehhe

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