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7 de novembro de 2009

A ressurreição e o juizo final no islamismo

A ressurreição e o juizo final no islamismo obs. Colo aqui este texto, que foi colaboração do amigo Silva, da Duvido.BOA LEITURA! ------------------------------------------------ Deus criou os humanos para obedecê-lo, e encarregou-os de adora-lo, conforme diz no Alcorão Sagrado: “Não criei os gênios e os humanos, senão para Me adorarem.” (51:56) Deus traçou para os homens os caminhos do bem e alertou-os quanto as rotas do mal. Poderá o lado do mal exceder as vezes o do bem, sob a influência dos impulsos do desejo que caracteriza a natureza humana, e então a criatura humana ultrapassa os limites que não deveria, do que resulta injustiçar os seus semelhantes. E quando, muitas vezes, tirano e injustiçado partem desta vida terrena sem que haja uma sentença ressarcidora!...E quando sabemos que a Justiça Divina pressupõe que os direitos sejam assegurados... Imperioso se torna que outra vida exista, diferente desta, onde se restabeleçam os direitos das criaturas; é a outra vida a vida do Além, quando Deus ressuscitará os mortos e se reerguerão dos seus sepulcros. A moral da Ressurreição é o julgamento. É diferenciar entre o benfeitor e o malfeitor, entre o bem e o mal... Porque não se igualam diante de Deus: “Poderá, acaso, equiparar-se ao fiel o ímpio? Jamais se equipararão!.” (32:18) “Pretendem, porventura, os delinqüentes, que os equiparemos aos fiéis, que praticam o bem? Pensam, acaso, que suas vidas e suas mortes serão iguais? Que péssimo é o que julgam!” (45:21) A ressurreição é VERDADEIRA! É REAL! Porque esta vida terrena não é o fim. É sim, uma via para uma vida posterior. É uma ponte pela qual o homem atravessa para a vida ulterior, a fim de ser lá recompensado pelo que fez nesta vida terrena. A ressurreição é a própria justiça entre os humanos: “A Deus pertence tudo quanto existe nos céus e na terra, para castigar os malévolos, segundo o que tenham cometido, e recompensar os benfeitores com o melhor.” (53:31) O traço mais característico do ser humano é ser ele responsável perante Deus que o criou dotado de vontade e de poder de opção (livre arbítrio), sendo esta sua qualidade dignificante em relação as demais espécies da criação. Por isso tem o homem uma responsabilidade final (posterior a vida terrena) perante seu criador e criador do universo. Naquela outra vida, o juiz é o próprio Deus. Conseqüentemente serão acertadas todas as contas: particulares e gerais. Deus quem inquirirá os humanos, e a Ele prestarão contas do que fizeram. Todos os atos que o homem pratica na terra são computados e registrados. Deus é a sentinela e a testemunha. Deus tem anjos que anotam todos os feitos do ser humano. “Ou supõem que não lhes ouvimos os pensamentos e as confidências? Sim, nossos mensageiros (anjos) estão junto deles e tudo registram.” (43:80) O ser humano responde no Além, diante de Deus individual e pessoalmente por seus atos, não pelos de outrem, responde pelo que fez sozinho ou pelo que fez participando com outros. Neste universo perfeito e harmonioso, que indica ser Seu criador poderosíssimo, sapientíssimo e justo, indubitável é que haverá outro ciclo (volta) onde acontecerá o equilíbrio, a harmonia e a perfeição. O agressor e o injusto pagarão pelo que não pagaram na vida terrena. O desafortunado será ressarcido de coisas que não foram de sua culpa ou erro. N vida do Além, Deus instalará a BALANÇA do direito e o critério da eqüidade total. A alma é uma realidade cabal e incontestável. É superior ao corpo e o transcende. Não a atinge o fenômeno da extinção. A alma é imortal e tem um dia e um tempo posterior onde se encontrará com seu criador. Deus na verdade não castiga. Deus apenas aplica a justiça! E se Deus, no Juízo Final, igualar entre o inocente e seu agressor, entre a vítima e o criminoso... Se Deus fizer isso, não seria Misericordioso, não seria justo! Procurou pelo Profeta Mohammad (S.A.A.S.) em Makkah, um incrédulo que tinha na mão um osso humano que ele moia (esfarelava) e jogava ao vento, disse: “Ó Mohammad, você diz que eu depois de morrer e ficar como este osso, Deus me ressuscitará?” O Profeta respondeu-lhe: “Sim, Deus te fará morrer, ressuscitar-te-á e te fará entrar no inferno!” O Alcorão Sagrado nos conta esse diálogo assim: “Acaso, ignora o homem que o temos criado de uma gota de esperma? Contudo, ei-lo um oponente declarado! E Nos propõe comparações e esquece a sua própria criação, dizendo: Quem poderá recompor os ossos, quando já estiverem decompostos? Dize: Recompô-los-á Quem os criou da primeira vez, porque é Conhecedor de todas as criações. Ele vos propiciou fazerdes fogo de árvores secas, que vós usais como lenha. Porventura, Quem criou os céus e a terra não será capaz de criar outros seres semelhantes a eles? Sim! Porque Ele é o Criador por excelência, o Onisciente! Sua ordem, quando quer algo, é tão-somente: Seja!, e é. Glorificado seja, pois, Aquele em Cujas Mãos está o domínio de todas as coisas, e a Quem retornareis.” (36:77~83) Os versículos nos mostram que quem acha remotíssimo os corpos readquirirem vida depois da morte é um homem que não meditou sobre o princípio da sua criação. Porque se ele refletisse com sensatez e consideração, ser-lhe-ia suficientemente – como prova o fato de ter sido criado a partir de um espermatozóide fraco e insignificante – prova de que renascerá depois de sua morte. O que fez alguns negarem a ressurreição, terem presumido remotíssima a restituição dos corpos depois que ficaram dilacerados e decompostos e se misturaram com a terra tornando-se pó! Como poderão os corpos voltarem ao estado de vida? Por acharem isso estranho, alguns entenderam que falar da ressurreição é uma espécie de utopia, quimera! E tacharam quem anuncia isso como impostor ou louco! Deus explicou que negar a ressurreição, nada mais é do que não ter fé no poder de Deus, que disse haver vida no Além. A criação dos céus e da terra prova que Deus é Todo Poderoso, e prova igualmente que a ressurreição é fato verdadeiro e cabal. Todas as religiões reveladas (por Deus) falaram da indubitabilidade da ressurreição e da prestação de contas, isto é, da vida após a morte e do Juízo Final, do julgamento e da sentença, da bem-aventurança e do castigo, da felicidade eterna ou da punição. Constitui-se, portanto, a questão da ressurreição como das mais fundamentais no contexto da Doutrina Islâmica pela sua magnitude e por seu assombro, e por ser julgada como remota e improvável, tendo sido, por isso, motivo de negação por parte de muitos: “Qual ! Admiram-se de que lhes tenha surgido um admoestador de sua estirpe. E os incrédulos dizem: Isto é algo assombroso. Acaso, quando morrermos e formos convertidos em pó, (seremos ressuscitados)? Tal retorno será impossível!” (50:2~3) O muçulmano deve obrigatoriamente acreditar na ressurreição porque o Alcorão Sagrado afirma textualmente: “Pensais, porventura, que vos criamos por diversão e que jamais retornareis a Nós?” (23:115) “Pensa, acaso, o homem, que será deixado ao léu? Não foi a sua origem uma gota de esperma ejaculada, Que logo se converteu em algo que se agarra, do qual Deus o criou, aperfeiçoando-lhes as formas. De qual fez dois sexos, o masculino e o feminino? Porventura, Ele não será capaz de ressuscitar os mortos?” (75:35~39) Deus nos ordenou explicitamente para que acreditássemos na Ressurreição, no Juízo Final e no Julgamento Divino, assim como ordenou ao nosso Profeta Mohammad (S.A.A.S.) que dissesse da sua fundamentalidade. E mais: Deus ordenou, no Alcorão, ao Profeta Mohammad (S.A.A.S.) que jurasse por Deus sobre a veracidade e a realidade da ressurreição: “Os incrédulos crêem que jamais serão ressuscitados. Dize-lhes: Sim, por meu Senhor que, sem dúvida, sereis ressuscitados; logo sereis inteirados de tudo quanto tiverdes feito, porque isso é fácil para Deus.” (64:7) Porque o Poder Divino que criou o homem a partir do nada, não lhe será problemático recriá-lo depois que se transformou em ossos desintegrados e decompostos. Em todas as épocas e em todos os lugares houve pessoas que negassem a ressurreição porque suas mentes não conseguiram entender o sentido e o alcance da Justiça Divina. Então negaram sem nenhuma justificativa ou qualquer argumento plausíveis, negaram somente porque entenderam remota a reanimação dos corpos depois de ficarem em pedaços decompostos. Dos principais argumentos daqueles que não acatam a ressurreição, como já dissemos, a remotabilidade da reconstituição dos corpos. Porque – pensam – com a morte, os corpos se transformam, perdem sua composição e sua forma, e a imagem humana vira pó!!! Todavia isso não prova que houvesse extinção total. Houve, de acordo com isso, uma mudança. Os corpos passaram a ser pó. E o pó é algo que existe. O pó é a origem da qual os humanos foram criados para a qual retornarão: “Dela vos criamos, a ela retornareis, e dela vos faremos surgir outra vez.” (20:55) Para os humanos parece que é remota e impossível a volta dos corpos humanos à sua primeira imagem. Isso de acordo com as forças e as capacitações humanas, mas não o é em relação ao Poder Divino, que quando quer algo, basta-lhe dizer: “Seja” e será. Assim nos diz o Alcorão Sagrado e também o Profeta Mohammad (S.A.A.S.). Os humanos supõem que o Poder de Deus se assemelha ao poder humano e comparam entre ambos. Porém comparar algo conhecido e visível a algo desconhecido e invisível é absolutamente incorreto, porque é uma comparação inexata e é uma visão turva (curta). Porque se os humanos refletissem sobre o princípio da sua própria criação, e a respeito do Poder Infinito e Absoluto de Deus, não hesitariam nem um segundo em crer na ressurreição. Por que??? Porque Deus nos diz que a ressurreição é uma Verdade! É uma Realidade! E Deus é AUTO-EXISTENTE. É de suas atribuições fazer renascer (vivificar os mortos). Porque Deus é quem criou tanto a morte quanto a vida. E Ele é TODO-PODEROSO para processar a criação inicialmente e a recriação posteriormente. Quem pode criar este universo todo, com suas leis, mistérios e fenômenos, não poderia recriar o homem num outro mundo? Para todos aqueles que estranham que haja ressurreição, fazemos uma pergunta: Para onde vai o homem material no período do sono?? O fenômeno do sono e do despertar é em miniatura, o fenômeno da morte e da ressurreição. Mas como é que acontece essa ressurreição??? Veja como Deus resume no Alcorão Sagrado, a estória toda: “Criamos o homem de essência de barro. Em seguida, fizemo-lo uma gota de esperma, que inserimos em um lugar seguro. Então, convertemos a gota de esperma em algo que se agarra, transformamos o coágulo em feto e convertemos o feto em ossos; depois, revestimos os ossos de carne; então, o desenvolvemos em outra criatura. Bendito seja Deus, Criador por excelência. Então morrereis, indubitavelmente. Depois sereis ressuscitados, no Dia da Ressurreição.” (23:12~16) Nestes versículos, Deus apresenta a comprovação da ressurreição e do Juízo Final, através da criação do homem nas várias etapas: da argila...uma gota de esperma...num lugar seguríssimo (o útero materno)...coágulo inerte...carne sem qualquer imagem...osso sem carne...osso coberto de carne. Todas essas transformações de um estado para outro, acontecem naquele lugar diminuto e sem nenhuma luz, graças ao poder de Deus Sapientíssimo, Prudentíssimo. Um salto gigantesco entre a gota de esperma letarga e o ser humano vivente-falante! Nenhuma relação lógica e racional há, nenhuma seqüência lógica, a não ser o Poder Divino que diz ao objeto “Sê” e ele será! Os homens não podem negar as fases citadas na criação e na formação humana, porque são vistas por eles! Cada qual sabe por si só que a sua própria criação desenvolveu-se conforme as fases enumeradas e apresentadas pelo Alcorão Sagrado, e ele vê isso na existência de sua prole e da sua espécie. Logo depois das provas do poder de Deus em criar e fazer do nada, o Alcorão colocou a questão da ressurreição depois da morte, no dia do Juízo Final. Conclusão: Quem pode criar o ser humano do nada inicialmente, certamente poderá recriá-lo. Pois a recriação é mais fácil. Não é impossível, racionalmente, que o homem tenha uma segunda vida. Recriar os corpos é tarefa facílima para o Poder Divino que conhece as coisas, tanto nos aspectos genéricos quanto nos particularizados. Refazer algo fracionado depende do conhecimento de todas as suas frações. Isto é: a imagem humana que se modificou pela decomposição. Os versículos do Alcorão Sagrado esclarecem que o Saber de Deus é Total e Abrangente. Pois Deus sabe para onde foram aquelas partes depois da morte porque seu Saber engloba todos os seres e todas as coisas, quer as ínfimas quer as gigantescas. Por outro lado, não existe nenhuma ciência exata que diga da impossibilidade da ressurreição após a morte. O que há é uma hipótese... uma impressão resultantes da negação da verdade que Deus revelou no Alcorão Sagrado. Deus é Veraz. Sua palavra é verdadeira! No Alcorão, Deus comparou a ressurreição dos mortos ao reviver do solo (terra) depois de estar em inação (árida): “E entre os Seus sinais está a terra árida; mas quando fazemos descer a água sobre ela, eis que se reanima e se fertiliza. Certamente, quem az faz reviver é o Mesmo Vivificador dos mortos, porque é Onipotente.” (41:39) A terra encontra-se estéril, árida e sem qualquer plantação. E quando recebe a água, movimenta-se e se agita e então brotam as belas e viçosas plantas. O Profeta Mohammad (S.A.A.S.) disse: “Há no ser humano um pequeno osso (o cóccix) que a terra não come! Desse osso são formados os humanos no dia do Juízo Final. Deus fará chover, e os seres brotarão (germinarão) como germinam as hortaliças.” É uma afirmação impressionante! Conceito que, com certeza, modificará todos os conceitos! No universo existem espécies como as plantas que nascem, crescem, e amadurecem. Depois murcham, morrem e se transformam em pequeníssimas partículas que se espalham e se misturam com a terra ao ponto de não ser mais possível reconhece-las. E vem outra safra (plantio)... onde a mesma planta ressurge em mais um ciclo. Por que aos humanos não poderia suceder algo semelhante, ressalvadas as devidas proporções quer na extensão, quer na dimensão do ciclo?? Na humanidade, há vários grupos, no tocante à ressurreição: - Os materialistas dizem que isso é bobagem, e que a morte é o fim de tudo. - Certas correntes crêem na volta do espírito tão somente!!! - E tem até quem crê na volta do corpo sem o espírito!!! Aonde se coloca o Islamismo diante de tudo isso??? O Islamismo, através do Alcorão Sagrado, afirma que a ressurreição acontecerá pela volta da mesma alma e do mesmo corpo com o qual vivemos nesta vida terrena: “E no dia em que os adversários de Deus forem congregados, desfilarão em direção ao fogo infernal. Até que, quando chegarem a ele, seus ouvidos, seus olhos e suas peles, testemunharão contra eles a respeito de tudo quanto tiverem cometido. E perguntarão às suas peles; Por que testemunhastes contra nós? Responderão: Deus foi Quem nos fez falar; Ele faz falar todas as coisas! Ele vos criou anteriormente e a Ele retornareis.” (41:19~21) Estes versículos indicam francamente que os membros físicos do homem e os órgãos que possuía na terra são os que serão ressuscitados e inclusive deporão e testemunharão perante Deus no dia do Juízo Final sobre tudo que ele praticou de pecados, às escondidas dos seus semelhantes, pensando que Deus não ficou sabendo. Ignorando ele esta grande verdade, ou seja: que os órgãos e os membros do seu próprio corpo, o delatarão a Deus, contando tudo que ele cometeu na terra: “E a trombeta será soada, e ei-los que sairão dos seus sepulcros e se apressarão para o seu Senhor.” (36:51) Este versículo retrata um evento dentre tantos do juízo final quando soará a trombeta anunciando a ressurreição dos humanos saindo dos sepulcros. Chamamos toda a atenção para este relato do Alcorão: “Porventura, o homem crê que jamais reuniremos os seus ossos? Sim, porque somos capaz de restaurar as cartilagens dos seus dedos.” (75:3-4) Estes versículos respondem categoricamente que os ossos humanos serão restaurados, até os mais pequeninos. E ainda encerram uma grande revelação que só há poucos anos a ciência moderna desvendou, o conteúdo milagroso desses versículos que vêm de 1.400 anos passados: Pois descobriu-se que Deus diferenciou entre todas as criaturas humanas por meio de uma particularidade que absolutamente não pode ser comum a duas pessoas, mesmo que sejam pai e filho: as impressões digitais. Mas como é – efetivamente – aquele outro mundo? Por ser exatamente um outro mundo, impossibilitados nós de compará-lo ao nosso mundo material, e impossível aplicar-lhe as leis que regem nosso mundo, torna-se inalcançável e inatingível conhecê-lo verdadeiramente e com absoluta definição e precisão minuciosas. Qual é a validade e os resultados úteis da fé na ressurreição? Ficou provado, por tudo que já dissemos que o ser humano tem duas vidas: a primeira, aqui neste universo sensitivo. E aqui as leis naturais se aplicam a todos. As leis da natureza produzem os mesmos efeitos para os bons e para os maus, atuam identicamente sobre o crente e sobre o incrédulo. É uma vida natural num mundo material: a água é bebida por todos. O fogo queima por igual. O frio, o calor, a pressão atmosférica, a lei da relatividade, tudo enfim, é igual para todos os humanos. E o homem – seja qual for sua crença, se souber tirar proveito da natureza – baseando-se nas suas leis, obterá resultados benéficos, porque neste mundo os instrumentos são os sentidos, e o guia é a razão... a mente humana. Já em relação às suas intenções e íntimos propósitos, o homem poderá colher aqui mesmo, alguns resultados. Todavia a prestação completa das contas será numa outra vida, num outro mundo. Mundo de justiça... Vida de eqüidade. Esta vida é posterior a morte que separa a alma do corpo. Lá Deus não castiga. Somente aplica a justiça entre todas as criaturas. A fé no Juízo Final, somada à convicção de que todo indivíduo é responsável individualmente perante Deus, cria no fundo do espírito forte motivação para praticar o BEM e combater o mal. A opinião do ser humano sobre seu destino final influi básica e fundamentalmente, determinando seu comportamento e sua conduta. Não há qualquer comparação entre a conduta e o comportamento de um homem que crê no julgamento e na recompensa de Deus, e os outros que acreditam que a morte é o fim de tudo. A crença do ser humano na ressurreição, no Juízo Final, na felicidade eterna ou no sofrimento perenal, faz dele uma criatura de benemerência, de caridade, veraz com seu Deus, consigo e com os outros. Porque é o próprio Deus quem diz que a vida terrena é passageira e que tanto seus prazeres como suas dores são provisórias, efêmeras! Já a vida do Além tem seus prazeres e bem-aventuranças perpétuos, exatamente como o são suas dores e sofrimentos. A fé na ressurreição, no Juízo Final e no julgamento de Deus, garante a execução das regras da moral a da eqüidade bem mais que as leis terrenas que pode-se escapar de seus efeitos. Mas como fugir de Deus que é Onividente, Oniouvinte e Onisciente! E pedirá explicações sobre as grandiosas e pequeninas coisas num dia inevitável, indubitável, e inexorável. O homem de verdadeira fé não esmorece diante das dificuldades da vida presente, e nem se entrega totalmente aos seus prazeres e ilusões. Pensa, sim, e sempre sobre seu comparecimento diante de Deus, e se empenha a fundo por um desfecho favorável. Encara a morte com a tranqüilidade de quem busca e espera o melhor depois da sua morte. A esperança de obter a misericórdia e o perdão de Deus na outra vida, exerce enorme influência na orientação do comportamento e atividades do indivíduo assim como na formação da sociedade humana. Com isso, a civilização será construída sobre os alicerces da cooperação, da abnegação e do altruísmo. Porque isso conjugado com o temor a Deus, faz com que os seres humanos busquem e persigam os ideais sublimes que a Deus agradam, como proteger e defender os direitos; coibir a injustiça e derrotar os iníquos; celebrar a justiça auxiliando os seus semelhantes no BEM e apoiando aqueles que têm a razão, zelar pelos injustiçados e pelos fracos, tudo isso significa no Islamismo: fazer imperar na terra a palavra de Deus que é: suas leis e preceitos, cumprir seus mandamentos e não fazer aquilo que Deus proibiu. Exatamente assim fizeram os muçulmanos pioneiros nos primórdios da Era Islâmica, sendo esta a melhor explicação para o que significa “AL JIHAD” na religião muçulmana. O Islamismo supera, ao mesmo tempo, os materialistas e os espiritualistas. Porque constrói sua filosofia sobre a união entre valorizar a vida terrena e desfrutar os seus prazeres lícitos e permitidos, e entre a valorização da vida do Além, o derradeiro destino junto a Deus, num viver eterno e perpétuo: “Mas procura, com aquilo com que Deus te tem agraciado, a morada do outro mundo; não te esqueças da tua porção neste mundo, e sê amável, como Deus tem sido para contigo, e não semeies a corrupção na terra, porque Deus não aprecia os corruptores.” (28:77)

2 comentários:

  1. Este post foi feito, só para os fanáticos do cristianismo, perceberem, que há, muitos povos, que creem tanto quanto eles creem, em suas escrituras, e "acham", tanto quanto eles acham, que estão certos!
    E pensar que estas coisas, são causas de mortes sangrentas!!!!!

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  2. p.s. com "mortes sangrentas", não me referi apenas ao islamismo hoje, o cristianismo já matou muita gente!

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