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6 de outubro de 2009

Deus e a física quantica- comentários de meu amigo Wolff , q merecem destaque aqui tb...

by Ernesto @ 10:08 on 22 February 2009. Filed under Ateísmo, Consciência, Física Quântica Física Quântica e relativística é, simplesmente, Física, pois a natureza é quântica e relativística. E não tem nada de esoterismo e de sobrenatural. Essa história de que a Física Quântica tem alguma coisa a ver com uma propalada “Consciência Cósmica” não tem fundamento. A Física Quântica não dá suporte nenhum para a crença na existência de Deus. Se grandes físicos foram teístas, outros tantos foram ateístas e isto não conta nem contra nem a favor do teísmo nem do ateísmo. Argumento de autoridade é balela. O que importa são os fatos em sí e não quem os contou. Tenho a mente aberta para toda e qualquer possibilidade, mas que sejam muito bem fundamentadas em evidências ou, pelo menos, em fortíssimos indícios. Ainda não ví nada disso no esoterismo quântico. Amit Goswami, Fritjof Capra, Deepak Chopra e outros que tais, pelo que posso inferir, são grandissíssimos enganadores. Como a existência de Deus não é uma evidência sensorial primária, sua veritação precisa ser obtida por comprovação que se baseie em cadeias de comprovações que, na última instância, fundamenta-se em evidências sensoriais diretas, mesmo que auxiliadas por instrumentos. O ônus da prova recai sobre a comprovação de sua existência e não da inexistência. Assim, a priori, considera-se que Deus não exista, até que se prove que exista. Se não se provar que Deus exista, é para se supor que não exista, mas se não se provar que Deus não exista, não se pode considerar que exista, mas apenas que possa existir. Evidentemente qualquer crença na existência ou inexistência de Deus, não se reveste de argumento a favor ou contra, mas, se for acompanhada de algum elenco de fortes indícios num ou noutro sentido, pode embasar uma maior plausibilidade da existência ou da inexistência. Meus conhecimentos indicam a maior plausibilidade da inexistência, daí minha posição ateísta cética. O fato de não se ter explicações naturais acabadas e inquestionáveis sobre questões ainda em aberto na ciência, como as origens do Universo, da vida e da consciência, não significa que elas não existam e que se deva, pois, abandonar a busca de explicações naturais e aceitar as sobrenaturais. Inclusive porque as aventadas explicações sobrenaturais não explicam os pormenores dos mecanismos do que se propõe a explicar, como se exige das explicações naturais. Considero muito mais gratuito e exótico introduzir a existência de Deus no processo explicativo, do que admitir que ainda não se sabe qual é a explicação. A Cosmologia, a Física, a Biologia e a Neurociência estão envidando ingentes esforços para chegar lá e não se pode arguir que já houve tempo suficiente para isto, pois a espécie humana, a civilização e a ciência são extremamente jovens neste planeta. A se usar de prudência, como recomendo, há que se deixar a questão em aberto e ficar sem a resposta, por enquanto (e este enquanto pode perdurar por muitas e muitas dezenas ou centenas de anos). Mas, a não ser que se obetenham provas cabais de que a explicação seja a interveniência de Deus, e que se mostre pormenorizadamente como esta interveniência se dá, além de se obter uma descrição completa e verificável das propriedades de Deus (que não sejam meras “doxas” ou informações tiradas das suspeitíssimas “escrituras sagradas”), não me sinto capaz de aceitar Deus como explicação para coisa alguma. Estou cansado de ver cientistas mostrarem que tal ou qual fenômeno não consegue ser explicado pelos conhecimentos atuais da Física ou da Biologia e, então, tirarem do bolso da casaca que “logo”, temos que considerar que a explicação é a interveniência de Deus. Posso até admitir que possa ser, mas de forma alguma, até agora, isto ficou comprovado. E, como já disse, o ônus da prova é este. A sensação que se tem de que os pensamentos, sentimentos, emoções, lembranças, enfim, toda a vida psíquica residem “fora” do corpo, de fato pode levar a supor que exista uma entidade extra, a “alma” que fosse a sede do psiquismo, enquanto certas sensações, como dor, frio, coçeira e outras parecem residir no local de sua ocorrência no corpo. Isto é uma ilusão. Nem as sensações se dão no próprio lugar nem o psiquismo se dá fora do corpo. É no interior de cérebro que essas ocorrências sucedem. Experimentos com portadores de lesões cerebrais e, atualmente, técnicas de imageria neurológica permitem localizar todas essas ocorrências, se bem que ainda não sejam capazes de identificar seus conteúdos. Mas é uma questão de tempo e se chegará lá. O apelo a noções transnaturais, como a de “espírito” não se faz necessário. Acreditar que se possua alma porque se tem este sentimento não pode servir de base à comprovação de sua existência. Dizer que se precisa primeiro “crer” para então “ver” é uma incoerência. A crença é capaz de fazer ver qualquer coisa, como bicho-papão, papai-noel, fadas, duendes, saci-pererê e assim por diante. Dizer que se vê no que se crê não tem cabimento. Se for assim tudo que se quiser que seja verdade o será, basta acreditar, como se proclama no famigerado livro “O segredo”. [link] [TB] The URI to TrackBack this entry is: http://www.ruckert.pro.br/blog/wp-trackback.php?p=2938

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